Abril ESCRITAS/ ESCOLA A LER - Entrevista do 4º B2 à professora Antónia Ferreira

 



Entrevista à prof. Antónia Ferreira, Coordenadora da E.B. de Ouressa

Hoje, dia 25 de janeiro, vamos entrevistar a professora Antónia Ferreira, Coordenadora da Escola Básica de Ouressa.

A entrevista será realizada na nossa sala, a sala do 4ºB2.

Bom dia, professora Antónia. É com muito prazer que a recebemos na nossa sala. Gostávamos que respondesse a algumas questões que preparámos.

 

Gosta do seu cargo nesta escola?

Gosto de ser professora. Sou professora há 36 anos e gosto muito de ser professora. No entanto, não gosto tanto de ser coordenadora, porque tenho muito trabalho logístico, de preencher papelada, que não me preenche. Eu preencho os papéis, mas os papéis não me preenchem a mim.

Eu também não me sinto feliz ao perceber que nem todos os professores estão na escola com a mesma garra com que a vossa professora está, pondo os alunos no foco da sua atenção.


Esta é a profissão com que sempre sonhou?

Não, não é. Aliás, eu não sonhei em ser algo no futuro. Calhou ser professora e sendo-o, sou o melhor que posso, mas não é a minha profissão de sonho.


Há quanto tempo trabalha nesta escola?

Trabalho nesta escola há 7 anos.

 

Há quanto tempo é coordenadora?

Sou coordenadora nesta escola há 3 anos.

 

Já foi coordenadora noutra escola? Se sim, qual a escola onde mais gostou de trabalhar?

Fui coordenadora em Albarraque e pertenci à direção do Agrupamento Alfredo da Silva. Onde gostei mais de trabalhar? Não consigo responder e não estou a tentar ser simpática. Genuinamente, não sei se gosto mais desta escola ou da de Albarraque. Cada menino, cada um de vós, é muito especial, tem características muito especificas. As histórias que ocorrem à vossa volta vão formando uma teia de ligações entre nós todos.

 

Para além de coordenadora, quais as outras funções que desempenha?

Para além de coordenadora, sou professora coadjuvante do 1º/ 3ºB4 e dou aulas de alfabetização a alunos do 6ºC, na Escola Ferreira de Castro.

Na minha vida pessoal, sou leitora e orientadora na missa das 9h30 de domingo. Sou também estudante do Mestrado integrado em Psicologia no ISPA. Estou no segundo ano, terminei agora o primeiro semestre do segundo ano.

Tenho muitas coisas para fazer, o que pode explicar se às vezes me virem mais triste ou mais melancólica, porque as coisas nem sempre correm como eu gostaria. Eu queria que fosse sempre tudo perfeito e tudo o que tem acontecido com o sars-cov-2 tem-me dado muitas preocupações.

 

Conte-nos como é um dia na vida de uma coordenadora de uma escola.

Tenho muitas coisas para fazer. Chego à escola antes das 8 horas e tenho logo várias tarefas a cumprir, tais como: pôr desinfetante nos tapetes, verificar se há desinfetante das mãos, ver se a ementa está posta.

 

Teve algum professor ou outra figura na sua vida que a tenha inspirado a ser professora?

Gostei muito da minha professora Dulce, a minha professora do 1º ciclo. Lembro-me que ela me deu um livro da Anita onde me escreveu a seguinte dedicatória “Um livro é sempre um bom amigo e eu uma boa amiga, Dulce Caldeira”. Eu ainda hoje tenho esse livro. Por isso, pensando bem se algum adulto me marcou, foi o primeiro adulto com a profissão de professor. Ainda hoje me lembro do timbre da professora.

 

Já nos apercebemos de que gosta muito da horta da nossa escola. Qual o motivo para a sua dedicação?

Ponto número um, gosto da natureza. Ponto número dois, sou acérrima defensora dos espaços. Os espaços de todos nós são para preservar e é por isso que eu gosto muito da defesa dos espaços públicos e, principalmente, dos espaços verdes. Sem a substância verde das plantas, os cloroplastos, não existe fotossíntese, a transformação do dióxido de carbono em oxigénio. E para respirar nós precisamos desse oxigénio. Então, quantos mais espaços verdes existirem melhor será para a nossa respiração e a nossa horta é o sítio ideal para que os meninos entendam que toda a origem é origem natural, principalmente os nossos alimentos.

 

Para finalizar, o que a motiva a ser tão dedicada ao seu trabalho e aos alunos desta escola?

De tudo o quanto eu já disse, motiva-me a alegria que dou em manter os meninos felizes, saudáveis e seguros. Esforço-me para garantir que a escola é segura e que os vossos pais possam estar descansados. Quero que cresçam de forma saudável e feliz com a colaboração dos vossos professores, porque sem essa colaboração não seria possível.

Eu também tenho uma grande motivação intrínseca, ou seja, que vem de dentro. Gosto tanto de ver meninos divertidos, a saltar e a brincar!

 

 

Obrigado, professora Antónia, pela sua disponibilidade e por ter respondido de forma tão sincera e amável. Esperemos que tenha gostado deste momento que passou connosco. Continuação de um bom trabalho.

 

Apesar de não ter sonhado em ser professora, dedica-se ao seu trabalho com toda a garra, tendo como principal objetivo a segurança e felicidade dos alunos. A professora Antónia respondeu a todas as perguntas de coração aberto, aproveitando todos os momentos para ensinar.

 

Os alunos do 4ºB2


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